O que é o globale?
globale é um festival que propõe, através da exibição de filmes de ficção e documentário, construir momentos de debate com um público amplo sobre temas relacionados aos processos de globalização. É um festival sem fins lucrativos, não competitivo e que, portanto, não entrega prêmios nem cobra taxas de inscrição. globale nasceu em Berlim (Alemanha), em 2003, e segue sendo realizado até hoje com o propósito, inclusive, de que as sedes do festival sigam multiplicando-se, de forma a criar uma rede.
Atualmente, o globale acontece em três cidades alemãs, em Montevidéu (Uruguai), desde 2009, e também em Varsóvia (Polônia) desde 2010. Em 2011, o festival chegou a Bogotá (Colômbia) e ao Rio de Janeiro.
Os comitês organizadores em cada cidade-sede são compostos por um grupo heterogêneo de pessoas que colaboram de forma solidária na organização do festival. O grupo tem uma gestão horizontal e o compromisso de tomar suas decisões por consenso.
Se você também quiser colaborar ou saber mais sobre a edição carioca do festival globale, fale com a gente: globalerio@gmail.com
terça-feira, 20 de março de 2012
Eixos temáticos de 2012
Eixos temáticos de 2012:
A. Cidade global:
O termo Cidade Global surgiu em 1991, na obra da socióloga holandesa Saskia Sassen. O conceito se aplica às metrópoles que são referência para o capital internacional em suas regiões, como as cidades que sofreram ou sofrem grandes transformações para abrigar megaeventos internacionais (Copa do Mundo e Olimpíadas são exemplos). Quais são os impactos sobre as populações desses lugares e suas adjacências; quem são os principais beneficiados com esses processos?
B. Conflitos sócio-ambientais:
O avanço da fronteira de exploração da natureza produz uma série de alterações nas formas de ocupação e uso do espaço, o que resulta na desestabilização de formas de produção relativamente autônomas, responsáveis pela conservação da biodiversidade e dos recursos ambientais. Também nas cidades as desigualdades ambientais se aprofundam e se articulam às desigualdades de classe, gênero, cor e etnia. Em cada país, têm sido múltiplas as respostas: populações indígenas, comunidades quilombolas, populações trabalhadoras, juventudes, pequenos produtores rurais, pescadores e extrativistas reafirmam e recriam suas identidades, ressignificam seus territórios e colocam em debate o modelo de produção e consumo.
C. Identidades e desigualdades:
Como a globalização afeta as identidades culturais? Em um mundo globalizado a troca de experiências entre as diversas realidades se intensifica. Mas será que as oportunidades são iguais para tod@s apesar de suas diferenças de origem, cor, etnia, credo, religião, língua, orientações sexuais e, claro, independente de classe? Ao mesmo tempo em que os indivíduos encontram mais referências para construir suas identidades; purismos, racismos, intolerâncias e desigualdades históricas se reforçam. Tudo isto se reflete em aspectos psicológicos e práticos do cotidiano.
D. Grandes poderes:
Agências multilaterais de cooperação internacional; empresas multinacionais; modalidades de tráfico, bolsas de valores, como o capital tem se articulado ao redor do mundo? Quem tem decidido o destino das nossas vidas?
E. Mídia contra-hegemônica:
Iniciativas que questionam a cobertura jornalística da mídia hegemônica, apresentando um ponto de vista alternativo das lutas populares; registros de ações invisibilizadas pela mídia; também registros de iniciativas midiáticas comunitárias, populares, alternativas, livres e/ou radicais no marco da luta pelo direito humano a comunicação.
F. Arte ativismo:
“O travelling é uma questão de moral”, disse Godard, o cineasta francês. As linguagens artísticas se relacionam com a política: constituem universos éticos próprios e se dedicam aos temas ideológicos e de poder. Mas além da mera instrumentalização para a “propaganda”, muitas experiências de engajamento tomam formas poéticas intensas. Como a arte contribui para a reflexão sobre todo o processo de integração econômica, cultural, social e política ocorrido com a globalização?