O que é o globale?
globale é um festival que propõe, através da exibição de filmes de ficção e documentário, construir momentos de debate com um público amplo sobre temas relacionados aos processos de globalização. É um festival sem fins lucrativos, não competitivo e que, portanto, não entrega prêmios nem cobra taxas de inscrição. globale nasceu em Berlim (Alemanha), em 2003, e segue sendo realizado até hoje com o propósito, inclusive, de que as sedes do festival sigam multiplicando-se, de forma a criar uma rede.
Atualmente, o globale acontece em três cidades alemãs, em Montevidéu (Uruguai), desde 2009, e também em Varsóvia (Polônia) desde 2010. Em 2011, o festival chegou a Bogotá (Colômbia) e ao Rio de Janeiro.
Os comitês organizadores em cada cidade-sede são compostos por um grupo heterogêneo de pessoas que colaboram de forma solidária na organização do festival. O grupo tem uma gestão horizontal e o compromisso de tomar suas decisões por consenso.
Se você também quiser colaborar ou saber mais sobre a edição carioca do festival globale, fale com a gente: globalerio@gmail.com
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
25/11: sessão extra do Festival globale 2013 no Cine JOIA
Pela liberdade de expressão, informação e manifestação, o Cine Joia e o Festival globale Rio 2013 realizam nesta segunda-feira, dia 25 de novembro, um debate com videoativistas atuantes no Rio de Janeiro durante as passeatas e manifestações ocorridas desde junho no país. Os convidados para o debate são Marcos de Sordi (Jornal Zona de Conflito), Patrick Granja (Nova Democracia), Rodrigo Modenesi ("Morre Diabo!", midiativista), Matias Maxx (Revista Vice), Victor Ribeiro (Rio40Caos), além do Coletivo Intervozes e Coletivo Nigéria. O encontro será aberto com entrada franca.
A sessão começa com o documentário "COM VANDALISMO", do Coletivo Nigéria, que participará por meio de link ao vivo diretamente de Fortaleza. Em seguida, o Coletivo Intervozes apresenta os curtas-metragens "Levante sua voz" e "Neutralidade na Rede". Cada um dos demais convidados irá mostrar videos que registraram desde o início das manifestações populares.
A entrada é franca, e o Cine Joia convida videoativistas que quiserem levar suas mídias para podermos exibir na hora. Será um momento de troca de figurinhas do que cada um apurou de forma independente em contraponto à mídia tradicional.
TRAGA SEU VÍDEO!
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Inscrições 2013 abertas!
Inscripciones 2013 abiertas! (Convocatória Español)
Registration open! (Film Selection Call 2013)
The globale Film Festival is organized completely on voluntary basis.
Please understand that we will contact only those filmmakers whose films are chosen
for the globale Rio 2013.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Seleção globale Rio 2012
Depois de assistirmos a trabalhos que comoveram por seu engajamento e mobilização e/ou impressionaram pela estética e sensibilidade, o coletivo globale Rio orgulhosamente apresenta a relação dos filmes que vão compor a mostra globale Rio 2012, no final de agosto!
A ideia é construir um espaço democrático que promova reflexão. Para tanto, todas as exibições serão pontos de partida para debates onde o público, realizador@s e convidad@s poderão trocar impressões, conhecimentos e argumentos de maneira horizontal.
A seleção, então, não impôs restrições relativas a limitações técnicas/ orçamentárias, ineditismo, formato, gênero ou duração dos filmes. Buscamos o diálogo entre as produções no sentido de provocar os debates em torno dos eixos temáticos propostos nesta edição: Cidade Global, Conflitos sócio-ambientais; Identidades e desigualdades; Grandes poderes; Mídia contra-hegemônica e Arte ativismo.
Lamentamos o atraso na divulgação da lista, mas fazer esta seleção não foi fácil, felizmente, porque recebemos inscrições de muit@s interessad@s. Vários títulos importantes e interessantes ficaram de fora por falta de espaço mesmo. É que este ano o festival encolheu um pouquinho para podermos alcançar um público ainda maior.
Produzir um evento autogestionado e sem patrocício, só na colaboração, é assim mesmo, vamu que vamu devagar, e sempre, porque temos parceir@s que nos fortalecem e realizador@s com filmes/vídeos incríveis. Assim, agradecemos imensamente a contribuição d@s parceir@s e a participação de tod@s que enviaram suas obras.
Recomendamos a tod@s que enviem seus trabalhos para a próxima edição do globale em Berlim, em abril/2013, e que está com inscrições abertas até novembro/2012 (mais info no blog do globale Rio).
Aproveitamos para convida-l@s para todas as nossas sessões. @s realizador@s que residem fora do Rio de Janeiro estão convidad@s a se hospedar nas casas do coletivo organizador, será um prazer!
O festival globale Rio 2012 vai rolar entre os dias 25 de agosto e 1º de setembro de 2012. Em breve, divulgaremos toda a nossa programação com as datas e horários das sessões.
E agora, sem mais delongas, vejamos a lista: Filmes de 2012
Saudações,
Coletivo globale Rio
quarta-feira, 18 de abril de 2012
2012 thematic axis
A. Global City:
The expression Global City was created in 1991, in the works of the Dutch sociologist Saskia Sassen. The concept is applied to the metropolis, which are standards for the international capital in their regions, as cities which went or go through huge transformations to host international events. (The World Cup and the Olympic Games are examples). What are the impacts upon the population in these places and their surroundings; who benefit with those processes?
B. Social and environmental conflicts:
A series of changes is produced by the advance of the border in the exploitation of the nature. It affects how people occupy and use the space, which results in the destabilization of relatively autonomous production forms, responsible for the conservation of the biodiversity and environmental resources. Also in the cities, the environmental inequalities become deeper and are connected to the inequalities of class, gender, color and ethnicity. In each country, there have been multiple answers: indigenous population, communities of quilombolas, workers population, youth, small farmers, fishermen and gatherers reinforce and recreate their identities, give a new meaning to their territories and promote the debate on the production model and consumption.
C. Identities and Inequalities:
How does the globalization affect the cultural identities? In a globalized world the exchange of experience among several realities is intensified. Are the opportunities the same for all, despite the differences of origin, color, ethnicity, belief, religion, language, sexual orientation, and, of course, in spite of class? At the same time individuals find more references to build their own identities; purism, racism, intolerance and historical inequalities get stronger. Psychological and practical aspects of the daily life reflect all these things.
D. Big powers:
Multilateral agencies for International Cooperation, multinational companies, sort of traffic, Stock market, how has the capital been articulated throughout the world? Who has decided the destiny of our lives?
E. Alternative media:
Initiatives questioning the news coverage of the mainstream media, presenting an alternative point of view of popular struggles; reports of actions made invisible by the media; also the registration of media initiatives that are communitarian, popular, alternative, free and/or radical in the fight for the communication human right.
F. Art activism:
“The camera movement is a moral issue”, said Godard, the French filmmaker. The artistic languages are related to politics: they are specific ethic universes and are also dedicated to subjects, such as ideology and power. Beyond mere tools for propaganda, many engagement experiences become intense poetic forms. How does art contribute to the reflection on the whole process of economic, cultural, social, political integration due to the globalization?
terça-feira, 20 de março de 2012
Eixos temáticos de 2012
Eixos temáticos de 2012:
A. Cidade global:
O termo Cidade Global surgiu em 1991, na obra da socióloga holandesa Saskia Sassen. O conceito se aplica às metrópoles que são referência para o capital internacional em suas regiões, como as cidades que sofreram ou sofrem grandes transformações para abrigar megaeventos internacionais (Copa do Mundo e Olimpíadas são exemplos). Quais são os impactos sobre as populações desses lugares e suas adjacências; quem são os principais beneficiados com esses processos?
B. Conflitos sócio-ambientais:
O avanço da fronteira de exploração da natureza produz uma série de alterações nas formas de ocupação e uso do espaço, o que resulta na desestabilização de formas de produção relativamente autônomas, responsáveis pela conservação da biodiversidade e dos recursos ambientais. Também nas cidades as desigualdades ambientais se aprofundam e se articulam às desigualdades de classe, gênero, cor e etnia. Em cada país, têm sido múltiplas as respostas: populações indígenas, comunidades quilombolas, populações trabalhadoras, juventudes, pequenos produtores rurais, pescadores e extrativistas reafirmam e recriam suas identidades, ressignificam seus territórios e colocam em debate o modelo de produção e consumo.
C. Identidades e desigualdades:
Como a globalização afeta as identidades culturais? Em um mundo globalizado a troca de experiências entre as diversas realidades se intensifica. Mas será que as oportunidades são iguais para tod@s apesar de suas diferenças de origem, cor, etnia, credo, religião, língua, orientações sexuais e, claro, independente de classe? Ao mesmo tempo em que os indivíduos encontram mais referências para construir suas identidades; purismos, racismos, intolerâncias e desigualdades históricas se reforçam. Tudo isto se reflete em aspectos psicológicos e práticos do cotidiano.
D. Grandes poderes:
Agências multilaterais de cooperação internacional; empresas multinacionais; modalidades de tráfico, bolsas de valores, como o capital tem se articulado ao redor do mundo? Quem tem decidido o destino das nossas vidas?
E. Mídia contra-hegemônica:
Iniciativas que questionam a cobertura jornalística da mídia hegemônica, apresentando um ponto de vista alternativo das lutas populares; registros de ações invisibilizadas pela mídia; também registros de iniciativas midiáticas comunitárias, populares, alternativas, livres e/ou radicais no marco da luta pelo direito humano a comunicação.
F. Arte ativismo:
“O travelling é uma questão de moral”, disse Godard, o cineasta francês. As linguagens artísticas se relacionam com a política: constituem universos éticos próprios e se dedicam aos temas ideológicos e de poder. Mas além da mera instrumentalização para a “propaganda”, muitas experiências de engajamento tomam formas poéticas intensas. Como a arte contribui para a reflexão sobre todo o processo de integração econômica, cultural, social e política ocorrido com a globalização?
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
A globalização e as verdades
A fala tá dividida em 2 partes no Youtube:
Parte 1
Parte 2
A gente ficou pensando, pensando... Até as histórias sobre nós mesmos não são únicas. E, mais uma vez, Stuart Hall acrescentou "lenha" ao nosso debate.
No artigo A Centralidade da Cultura: notas sobre as revoluções culturais de nosso tempo, o jamaicano radicado na Inglaterra, destaca um fragmento que mostra o quanto a globalização problematiza as nossas identidades culturais, evidenciando as múltiplas narrativas que existem sobre nós e como elas se relacionam (colaborações e disputas de poder):
"Num artigo do The Guardian, Martin Jacques discutiu as imagens contrastantes da Inglaterra 'multicultural' e 'medieval' e das complexas linhagens históricas por detrás de cada uma delas que, segundo ele, apareciam recorrentemente nos discursos políticos dos dois maiores partidos da eleição geral de 1997:
'Há duas histórias da Grã-Bretanha. Uma fala dos radicais criativos; a outra, dos conservadores e respeitados. Ambas existem na psique nacional, ambas são partes autênticas do que somos, mas elas levam a compreensões distintas, uma oficial e convencional, a outra, não oficial e subterrânea. A cultura oficial recebe calorosamente Andrew Lloyd Webber, Cilla Black e Cliff Richard como autênticos ingleses: trata nossos criativos anarquistas tais como [John] Lennon e [Vivienne] Westwood como fenômenos, como excêntricos, observando voyeuristicamente suas vidas e atividades ao invés de considerá-las como um de nós.
De tempos em tempos, há um renascimento da energia cultural, sempre partindo da periferia ao centro. Este é um dos momentos. Na capital, isto se faz com a emergência de Londres como cidade global, talvez a mais global em todo o mundo, certamente a mais global da Europa. Londres está hoje mais aberta que nunca ao caleidoscópio de influências globais, da comida à música, das idéias aos negócios.
E acima de todas as pessoas: as minorias étnicas agora figuram em nossa vida cultural como nunca. Muitos dos maiores designers da London Fashion Week pertencem às minorias étnicas. Os imigrantes são frequentemente uma fonte de excepcional energia cultural. Nosso radicalismo cultural tem muito a ver com o fato de sermos tanto uma ilha quanto de sermos culturalmente permeáveis. Pode-se pensar que esta explosão de energia chamaria a atenção de nossos políticos. De fato, John Major orgulhosamente vangloria-se da nova vibração londrina, e o sucesso de Tony Blair é em parte devido ao Britpop. Entretanto, para Major e Blair, o discurso agregador não apoiou-se nas questões raciais da cultura, mas na Inglaterra média, no modelo do conservadorismo respeitável. Em 1964, Harold Wilson fez mais que um aceno aos Beatles ... Blair e major preferiram seguir pelo caminho da cultura britânica.'" (Jacques apud Hall, pp.24-25)
Ressaltando o fato de ter sido escrito por um inglês, Martin Jacques, sobre uma Londres em 1997, o texto também é interessante para a gente pensar nos recentes acontecimentos na cidade global mais Cidade Global do Reino Unido.

Ref.: HALL, Stuart. A Centralidade da Cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. In: Educação & Realidade. 1997, vol. 22, nº02. pp.15-46.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Últimos dias para inscrições do Festival globale Rio
Quem tem um olhar crítico sobre os processos de globalização tem até o sábado, 30 de julho, para se inscrever na primeira edição do festival globale na cidade do Rio de Janeiro. Os filmes podem ser de gênero e formato livres e devem se enquadrar em um dos cinco eixos temáticos propostos para o ano de 2011.
Com objetivo de mostrar aspectos da realidade que geralmente são ignorados ou distorcidos pelos meios de comunicação hegemônicos, o globale Rio pretende gerar espaços de intercâmbio, reflexão e debates críticos sobre o processo de globalização e identificar seus impactos e suas conseqüências em todo o mundo.
COMO SE INSCREVER:
O globale Rio possui caráter não-competitivo e não cobra taxa de inscrição.
Os interessados devem ler a convocatória e enviar a ficha de inscrição preenchida junto a uma cópia em DVD do filme finalizado no seguinte endereço:
Rua do Riachuelo, 161/ 615
Centro – Rio de Janeiro/ RJ
CEP 20230-010.
Os filmes devem se enquadrar em um dos seguintes eixos:
A. Ações Midiáticas Contra Hegemônicas: iniciativas que apresentam um ponto de vista alternativo em relação às grandes mídias. Lutas populares, registros de ações invisibilizadas ou omitidas pela imprensa, registros de iniciativas midiáticas comunitárias livres e/ou militantes pela luta pelo direito humano à comunicação.
B. Cidade Global: aborda as cidades que buscam tornar-se referencia para o capital internacional e que sofrem transformações para abrigar os empreendimentos dos megaeventos internacionais. Quais são os impactos sobre as populações desses lugares e suas adjacências? Quem são os principais beneficiados com esses processos?
C. Muros e Furos: sobre as barreiras construídas para impedir o fluxo de pessoas entre países ou regiões de conflito de qualquer natureza (militar, econômico, religioso etc.). Complexos sistemas legais - e ilegais – para imigração, os muros também são barreiras invisíveis. No entanto, sempre há alguém disposto a furar esses esquemas com muita coragem e criatividade.
D. Territorialidades, Meio ambiente e Conflito: o avanço da fronteira de exploração de recursos naturais produz uma série de alterações nas formas de ocupação e uso do espaço. Em cada país, há múltiplas respostas: populações indígenas, comunidades quilombolas, pequenos produtores rurais, pescadores e extrativistas reafirmam e recriam suas identidades, ressignificando seus territórios e colocando em debate o modelo de produção e consumo.
E. Terrorismo Poético: são formas e expressões de mobilização e difusão de arte, não-violentas, descategorizadas de qualquer estrutura convencional de consumo. O ato induz reflexão sobre todo o processo de integração econômica, cultural, social e política ocorrida com a globalização. Com isso, artistas podem maximizar a noção de liberdade e provocar mudanças de paradigma.
O festival será realizado entre os dias 18 a 26 de novembro de 2011 e ocorrerá em diferentes pontos do Rio de Janeiro como salas de cinema, instituições de ensino, pontos de cultura e centros sociais. Os parceiros já confirmados são: Espaço Cinema Nosso (Lapa), Centro Federal da Justiça Federal (Centro) e o Ponto Cine (Guadalupe).